A cidade de Nova York, sob a gestão do prefeito Eric Adams, anunciou que, partir de 1º de julho de 2026, todas as carnes processadas serão eliminadas dos programas de alimentação pública. A medida, que afeta 11 agências municipais, será acompanhada pela ampliação obrigatória do uso de proteínas vegetais minimamente processadas.
A nova política impactará diretamente o fornecimento das 219 milhões de refeições e lanches servidos anualmente em escolas, hospitais e centros de assistência, mercados onde a otimização de custos e a segurança alimentar são essenciais. A justificativa da prefeitura se baseia em uma ampla revisão científica que concluiu não haver nível seguro para o consumo de carnes processadas. O foco técnico da proibição está nos aditivos e componentes inerentes a esses produtos, como o excesso de sódio, nitratos e conservantes químicos, associados ao aumento do risco de doenças crônicas. Segundo dados citados, o consumo de apenas um cachorro-quente pode aumentar em 11% o risco de diabetes tipo 2 e em 7% o de câncer colorretal.
Em contrapartida, os novos padrões exigem a inclusão de, no mínimo, uma porção semanal adicional de proteínas vegetais, como leguminosas e grãos. Essa diretriz abre um vasto campo para fornecedores de ingredientes, desde proteínas texturizadas de soja (PTS) e ervilha até concentrados e isolados proteicos que possam ser incorporados em formulações nutritivas, acessíveis e de alta aceitação. Além disso, as regras foram expandidas para restringir o uso de corantes artificiais, aditivos de farinha e adoçantes de baixa ou nenhuma caloria.